domingo, 8 de abril de 2018

Dia 18 - 22/12/2017 de La Paz a El Alto


Décimo oitavo dia
22/12/2017 de La Paz a El Alto

Saí do hotel perto das 11 da manhã e subi para El Alto e então ir para o Cerro Chacaltaya. No ano anterior a avenida que leva ao cerro estava toda em obras, cheia de buracos e desvios e este ano estava terminada, se vê progresso de um ano para o outro em El Alto. Saindo da cidade mais um dos tantos cachorros que correm atrás da moto veio atrás de mim, eu sempre olho pra ele para ver para onde ele esta olhando, geralmente eles fixam o olhar na roda dianteira, mas este estava olhando para a minha perna, esperei ele chegar mais perto pra quando ele desse o bote eu chutar e foi o que fiz, mas ele foi rápido, quando chutei ele também conseguiu pegar na minha perna, fez apenas uns arranhões superficiais, só pele, sem sair sangue e um rasgo na calça.


Depois do cachorro continuei pelas estradas de chão com enormes poças dágua e buracos até ter que parar em função de uma diarreia que iniciara na noite anterior e quando fui pegar o papel higiênico vi que tinha perdido as duas câmaras de ar que tinha comprado, comprei duas porque estava barato, agora ficou caro.
Fui subindo até onde a moto tinha motor, 4600 metros de altitude, troquei a coroa e continuei a subida toda em primeira marcha e as vezes ajudando um pouco com o pé. 



Cheguei no topo eram umas 2 horas da tarde. Fui subir até o cume do cerro, era um objetivo meu, eram quase 200 metros de desnível e a subida foi feita em várias etapas para descanso, pois subir morro acimas dos 5000 metros não é fácil. Cheguei no cume e vi que ele não era o ponto mais alto e sim outro que ficava atrás dele e resolvi ir lá, já estava perto mesmo. Foi mais uma caminhada em etapas até chegar nos 5435 metros de altitude, como indicava uma inscrição em uma pedra lá. O tempo que já não estava bom fechou um pouco mais e um raio caiu perto e eu saí de lá rapidinho, voltei para o primeiro pico, coloquei meus adesivos em dois postes e desci o morro. Pra descer a gente não cansa nada, mas pra subir...  Chegando onde estava a moto, sentei num banco e fiquei pensando no que fazer. O tempo foi limpando e o Nevado Huayna Potosi apareceu completamente, assim como as outras montanhas ao norte, enquanto ao sul uma tempestade fechava a visão dos outros picos nevados.
Subindo o Cerro Chacaltaya


Estão começando uma mineração lá no cerro agora e alguns dos mineiros estão utilizando a casinha da Coca-Cola como cozinha e o antigo hotel como alojamento. Fui perguntar para um dos mineiros que lá estava se eu poderia acampar dentro da pirâmide e ele falou que não sabia, que tinha que perguntar para o dono, mas o dono não estava ali. Como ficou naquele chove e não molha, fui lá e montei a barraca, o máximo que pode acontecer e aparecer alguém e me mandar sair de lá. Deixei também as câmeras fazendo um time-lapse do Huayna Potosí e do pôr do sol e fiquei apreciando o pôr do sol.
A barraca está montada dentro da pirâmide



Quando fui pra dentro da barraca fazia -2 graus, mas a noite não foi muito mais fria fazendo -4 graus.


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