sábado, 4 de fevereiro de 2017

17º dia de Ocoña a Palpa 420 km

17º dia
23 de dezembro de 2016
Trajeto do dia

Este dia começaria realmente minha viagem pelas culturas pré-colombianas. Seria praticamente só asfalto o dia inteiro, o que seria menos cansativo que os dias anteriores.



Segui pela Panamericana até o meio dia e cheguei no Cemitério Chauchilla pelas 12 horas. O Cemitério Chauchilla é atribuído as culturas Huari ou Nazca que viveram na região entre 200 a.c. e 900 d.c. Eram milhares de tumbas e a maioria delas foi saqueada em busca de metais e pedras preciosas, as múmias que restaram contam parte da história daqueles povo através das coisas depositadas junto a elas no sepultamento. As múmias foram muito bem conservadas pelo clima árido da região e ainda apresenta vestígios de pele e de roupas. 

 Abaixo uma sequência de fotos do cemitério Chauchilla 







Voltei para a rodovia e segui até Nazca, almocei por 7 soles e fui em busca de uma casa de câmbio, tinha gastado meus últimos soles no almoço. Andei um pouco pela loucura do trânsito de lá, cheio de Ticos, pequenos carros fabricados até 2000, e tuc-tucs até achar a casa de câmbio. Troquei 100 dólares e voltei um pouco do caminho que ja tinha feito para ir visitar a cidade perdida de Cahuachi. Cahuachi é o maior centro cerimonial do mundo feito em adobe (tijolos de barro), possui mais de 40 templos em forma de pirâmides, sendo que o maior tem 100 metros de comprimento e 28 de altura. Foi um lugar de peregrinação da cultura Nazca. Para acessar o local é preciso rodar 19 km em estrada de chão em péssimas condições.

Abaixo fotos de Cahuchi.



Voltei para Nazca e segui pela rodovia até as linhas de Nazca, outro sonho antigo. Cheguei lá era 17 horas, subi no mirante, que está as margens da rodovia, e de lá pude ver algumas das figuras e na descida comprei alguns souvenirs. 

Abaixo fotos das linhas de Nazca.






Fui então até o Museu Maria Reiche, alguns quilômetros a frente. Maria Reiche foi uma matemática e arqueóloga que deixou a Alemanha para estudar as linhas de Nazca. Entre 1930 até 1998 quando faleceu em sua pequena casa próxima ao deserto de Nazca, Maria Reiche estudou as formas e limpou as limpas de Nazca deixando-as mais visíveis.

Abaixo fotos do museu Maria Reiche.





Deixei o museu e fui buscar um lugar para acampar. Achei um lugar em um canteiro onde se retiravam pedras e lá montei minha barraca.

Quilometragem do dia: 420km
Quilometragem acumulada: 6050 km