sábado, 28 de janeiro de 2017

10º dia de Uyuni a Coipasa 300 km

10º dia
16 de dezembro de 2016

Trajeto do dia



Acordamos cedo, o dia seria puxado, a ideia era cruzar os dois salares, Salar de Uyuni e Salar de Coipasa, e chegar no Chile.

Acima do Edson fica o quarto do 3 pernas.

Caldo de llhama no café da manhã.

Fomos até Colchane por um asfalto novinho e que em breve começa a cobrar pedágio, onde entramos no salar. Na estrada que tinha entre o salar e Colchane paramos pra tirar fotos de umas esculturas de sal e veio um cara correndo dizendo que tinha que pagar pra tirar fotos, o Edson pagou 5 bolivianos, R$2,50, e teve o direito de pilotar algumas das esculturas e eu que não paguei fui o fotografo.

Quadriciclo de sal.


Esculturas de sal e museu.

Na entrada do salar paramos no monumento que homenageia um grupo que morreu no salar alguns anos atrás e seguimos para o monumento do Dakar. Era cedo ainda tinham poucos turistas e foi fácil tirar as fotos que queríamos. Fomos também visitar o Hotel de sal, esta desativado apenas vendem lembrancinhas lá hoje, que é muito legal, pois tem esculturas de sal e o teto transparente cria uma iluminação muito legal lá dentro.

Monumento do Dakar




Praça das nações.

 Abaixo sequência de fotos do hotel de sal.







De lá fomos para a Ilha del Pescado ou Isla Incahuasi. No caminho paramos para ver 5 cruzes que não estavam lá no ano anterior, era de um acidente ocorrido em 30 de julho de 2016, tinham ainda as marcas dos pneus e os restos de óleo e vidros no sal era um lembrete de que não dá pra brincar por ali e se manter atento. Pouco depois paramos para ver um buraco que tinha no salar, caberia uma roda inteira dentro, mais um motivo pra ficar de olhos bem abertos naquela planície. Eu já conhecia a ilha e como o Edson ainda não estava 100% por conta da altitude ele preferiu não subir, tirou fotos com uns cactus milenares ali mesmo sem pagar nada nem subir na ilha.

Lembrete de que devemos cuidar da velocidade no salar.


Vista do salar a partir de uma caverna na ilha 



Também tem buracos por lá, passar ai em alta velocidade pode ser fatal.



Ficamos lá por um tempo decidindo que rumo o Edson tomaria, pois ele queria chegar em casa para o natal, estudamos algumas possibilidades, como a volta por Tupiza ou então seguir mais um dia comigo e voltar pelo passo San Francisco, ele acabou decidindo por seguir mais um dia e fazer o passo San Francisco que era desejo dele a tempos. Pra mim foi ótimo, teríamos pela frente alguns terrenos ruins com muito areão e mais uns 150 km de salar pra rodar, até a ilha del Pescado tinham sido 80 km. Neste meio tempo vimos uma choupana ali na borda da ilha e pensamos em ir pra lá decidir o que fazer na sombra, pois o sol não perdoava ninguém, aí vimos uma plaquinha que fez a gente desistir de ir pra sombra, dizia: "Sombra 10 Bs". Pode isso? Cobrar por sombra!!!

A choupana que precisa pagar pra ficar debaixo.









Vista do salar de Uyuni de uma caverna perto Llica


Rumamos para o outro lado do salar a 80 km/h constantes e depois de pouco mais de uma hora chegamos na outra borda do salar de Uyuni, saímos dele e pegamos de cara uma estradinha cheia de costelas de vaca que nos levava para Llica, uma pequena cidade que fica entre os dois salares por onde todo ano passa o Dakar. O que me chamou atenção lá foi um pequeno forte do exército, pequeno mesmo, parece coisa de criança, de brinquedo, mas tinha um soldado em uma cancela na rua de acesso à cidade. Passamos esta cidade e começou o terreno mais difícil, areão e costelas de vaca, recebemos várias propostas de terreno por lá, mas não curtimos muito e seguimos até a borda do salar de Coipasa, identifiquei a ilha que seria nosso referencial e tocamos para ela. 



Vulcão entre Llica e o Salar de Coipasa



Por qual das duas ir?


Passamos por várias dessas.


Chegando no Coipasa




Diferentemente do salar de Uyuni que é seco o salar de Coipasa é bem úmido e em algumas partes molhado, o que fez as motos juntarem uma crosta de sal que em algumas partes passou de 3 cm de espessura.
Chegamos na cidade de Coipasa, do outro lado do salar, pedimos informação sobre a melhor rota a seguir para sair na carretera que leva pra fronteira com o Chile, já na saída por conta de uma informação um pouco confusa pegamos uma estradinha que acabou dentro de uma lavoura. Voltamos pedimos informação novamente e então pegamos a estrada correta, não tinha nada no GPS pra ajudar. Esta estrada já não tinha areão, agora o que eu tinha que cuidar era das pedras e costelas de vaca, estradinha bem ruim, passamos por um braço do salar e então pegamos a estrada que estava mapeada e que eu tinha programado passar. Já era perto de o sol se por e tínhamos que achar um lugar pra acampar, visualizei uma vila abandonada ao pé de um cerro, uns 1000 metros da estrada principal, fomos até lá e encontramos uma casa com teto ainda, provavelmente um antiga escola, montamos as barracas lá dentro protegidos do vento que soprava lá fora.