sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

9º dia de Mallcu a Uyuni 180 km

9º dia
15 de dezembro de 2016

Trajeto do dia.

Choveu fininho a noite inteira e amanheceu chovendo, ficamos na barraca até 9 da manhã, quando o Edson saiu pra desmontar a dele mesmo na garoa, continuei na barraca esperando ele arrumar as coisas e quando fui desmontar a minha a chuva tinha parado.

Estacionamento do "hotel".

Rua em frente ao "hotel".




Começamos andar era quase 10 horas, voltamos pra estrada e perto do meio dia estávamos nos Vale das Rochas, outra formação rochosa parecida com a Itália Perdida, porém menor. Estacionamos as motos bem no centro perto de uma pedra que tinha uma sombra, tiramos as roupa e outras coisas que estavam úmidas e colocamos pra secar nas pedras, o sol estava ardendo. Aproveitamos pra almoçar umas sardinhas também. Eu fui dar uma volta pra tirar umas fotos e andando entre rochas e moitas de capim, ao me virar e dar o primeiro passo tropeço em uma moita e como minha mãe direita segurava a câmera eu caí com todo peso sobre a mão direita que usei pra amortecer o impacto, não cortou mas a dor era muito forte, tinha magoado um nervo e logo inchou, não conseguia mexer o dedão sem que doesse muito.



Abaixo uma sequência de fotos do Vale das Rochas, perto de Mallcu.












No meio do nosso almoço chegou uma van com turistas que também escolheram o locar pra isso e nós com nossa favela ali montada no lugar que dava as melhores fotos. Logo saímos, tínhamos 30 km ainda até Allota, eu pilotando com praticamente uma mão apenas, a machucada eu apenas deixava apoiada no guidão pro caso de uma emergência. 
Foram 30 km difíceis de fazer, pelo terreno e pela dor, chegamos em Allota e lá começava um estradão, chão bem batido que parecia um asfalto, mas que tinha uns buracos perdidos pela estrada que nos fazia ficar bem ligados. Dali até Uyuni eram cento e poucos quilômetros que fizemos sem sofrimento e chegamos em Uyuni era umas 17:30, a tempo ainda de se dirigir para a Ilha del Pescado e acampar lá. Paramos no primeiro posto de Uyuni, pagamos o preço pra estrangeiro, tínhamos pressa e não quisemos negociar. Enquanto o Edson abastecia a moto dele percebi que os suporte de um baú estavam quebrados, não daria pra seguir assim, teria uma estrada difícil no dia seguinte. Fomos até um "taller de soldadura" onde o mecânico fez uma boa solda por 30 bolivianos, 15 reais, dei 50 pra ele, pois o serviço feito ficou melhor do que me fariam no Brasil e aqui eu não pagaria menos que 25 reais e também o cara era muito simples, morava ali mesmo em um barraco com esposa e filhos.

 Abaixo fotos do caminho entre Alota e Uyuni.




Abaixo fotos do Cemitério de trêns de Uyuni




Quando terminei de montar a moto novamente já era tarde pra seguir até a ilha, chegaríamos lá no escuro e acampar no meio do salar não ia rolar, tinha um tempestade nas montanhas e se ela cai no salar ia ter uma lamina de água sobre o sal que iria alagar as barracas, optamos então por ficar em um hotel.

Soldando o suporte quebrado.

Janta típica e pessoas típicas

Será que eu estava com saudade de uma comida quentinha?

Mercado de rua em Uyuni.


Procuramos por hotéis que tivessem garagem e wifi, estávamos a quase 3 dias sem dar noticias. Achamos um por 45 bolivianos, quase 25 reais. Deixamos as motos lá e fomos atrás de uma comida de verdade, já tinha uma semana que não almoçávamos comida quente. As ruas estavam movimentadas, mais de pessoas locais que turistas, achamos uma lanchonete que seria um tal de "combo" era frango, arroz, macarrão e um refri, tudo isso por 18 bolivianos, 9 reais. Estava boa a comida, a lanchonete era frequentada só por pessoas locais, do jeito que procuro quando quero almoçar em viagens.
No retorno para o hotel vimos a saída da igreja de um casa de recém casados, o povo todo se reúne pra ver e joga confetes nos noivos e em que estiver assistindo. Tinha na nossa frente uma mulher com um cabelo bem volumoso que encheu de confete, esta mulher deve ter tido um trabalhão pra tirar tudo de dentro. De volta ao hotel fomos tentar dormir, o quarto tinha um cheiro estranho, na cabeceira da minha cama estava escrito "Ojo no piolho" e na outra parede "aqui já ficou o 3 pernas", fiquei com saudades da barraca.
Quilometragem do dia: 180 km
Quilometragem acumuladada: 3650 km



Nenhum comentário:

Postar um comentário