segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

15° dia Cusco a Huiro 391km


Dia 3 de janeiro de 2015
As 6:00 desmontei o acampamento e segui viajem, por muitos sobe e desce e muitas curvas, por paisagens lindas e construções pré-Incas e Incas a beira da estrada como as abaixo:

 Ruínas de Pikillaqta, povo pré inca que viveu aqui entre 500 e 1100 D.C.






             Pão do Peru, muito gostoso, passei vários dias comendo ele de manhã, a noite e as vezes foi meu almoço.

 Chegando em Cusco

 Catedral de Cusco



 Algumas figuras passeando pra ganhar dinheiro com fotos

 Pedra de 12 ângulos

 Gente de todo tipo circula por essas vielas
 E brasileiros têm bastantes

 Centro de Cusco

Templo do Sol, Cusco 

 Um dos lugares de onde tiravam as pedras para as construções inca.

 Sítio arqueológico de Puka Pukara

Vista para o vale sagrado

       Segui até Pisac e na entrada no Sítio tive que escolher entre pagar R$70,00 para ver somente Pisac ou R$130,00 para ver todos os sítios do Vale Sagrado mais os museus de Cusco, lógico que optei por conhecer tudo, já que queria conhecer os outros sítios e cada um deles seria cobrado R$70,00, então segui para conhecer o sítio, que parece uma miniatura de  Machu Picchu. O sitio é muito lindo, o dia estava nublado e as vezes abria o sol e por fim apareceu um arco-iris para coroar minha visita.
       





 Não encontrei o pote de ouro lá no fim do arco-iris, acho que deveria ser Pisac mesmo o outro deste arco-iris.


          As fotos não conseguem mostrar como Pisac é bonita, não tem um ângulo bom para se pegar todo o sítio na foto.
         Saí do sítio já passava de 15:30, não daria tempo de pegar o sítio de Ollantaytambo aberto, fecha as 16:00, então minha meta era chegar o mais próximo possível de Santa Teresa, a cidade de onde eu começarei minha caminhada até Águas Calientes
       Peguei a estrada e cheguei a Ollantaytambo, de cara no inicio da cidade tem uma rua pavimentada com pedras de rio, das grandes pensei que se tivesse uns 5km de estrada daquele tipo pra frente eu deixava a moto ali e ia de trem de tão ruim que era, a 10km/h era difícil de andar, pra minha sorte era só uns 500 metros. Eu achava que a partir de Ollantaytambo a estrada seria toda de barro até Santa Teresa, mas para minha alegria ela era asfaltada até Santa Maria. Depois de Ollantaytambo ainda tem mais 1km de estrada de barro e começa o asfalto novamente, uma estrada muito bonita com muitas curvas em U, no inicio da subida começou a chover e como é uma montanha a possibilidade de acampamento é pequena e pra piorar chovendo, antes de eu chegar ao ponto mais alto da montanha já estava escuro, para minha sorte a luz da PCX é muito boa em relação as outras motos da categoria dela. Como já estava escuro o jeito era seguir até a próxima cidade e arrumar um hotel barato para ficar. Fui subindo até chegar no topo a 4316m com chuva e muito frio  e comecei a descer e alguns kilometros depois o meu maior medo se confirmou, tinha agua na pista em muitos lugares, em alguns lugares tinha uma lamina de água de uns 10cm, a cada lugar destes eu descia e passava a pé primeiro e voltava pra moto e passava me cagando, não sei se por este motivo depois de passar por alguns desses lugares me bateu uma dor de barriga que me fez parar ali na chuva e no meio da montanha pra dar uma aliviada, foi uma experiencia nada boa, mas tudo deu certo, para minha sorte minha irmã tinha me dado lenços umidecidos isso fez com que a chuva não o estragasse antes de eu poder usar.
         Era quase meia noite quando cheguei a Huiro, uma cidadezinha antes de Santa Maria, vi um hotel e parei para perguntar quanto era a diária e pra minha sorte era o que eu estava procurando, mais ou menos, era R$20,00, perguntei sobre chuveiro quente, o cara olhou pensou e falou: "Aqui a gente está acostumado com banho frio, não tem chuveiro quente!"   E eu com frio, fazer o que neh, tive que aceitar, coloquei a moto pra dentro do hotel e fui pro quarto, coloquei o meu saco de dormir sobre a cama e dormi nele sem banho mesmo, vai saber se eles lavavam a roupa de cama. E assim foi meu dia, com 391km rodados até as 21:00.

14° dia Illave a Cusco 253km

Dia 2 de janeiro de 2015

        Depois de acampar a noite anterior me preparando para uma tempestade grande, ela resolveu passar de lado, apenas uma chuva leve. Desmontei a barraca e segui viajem as 6:00 com o objeto principal de visitar o povoado Uro que vive em ilhas flutuantes no lago Titicaca, uns 10km depois de onde acampei as margens e pastagens estavam brancos, pensei que pudesse ser neve, mas parei e fui pegar um pouco daquele gelo e era granizo. Tinha sido uma chuva grande de granizo pequeno, não provocou estragos mas a quantidade era grande. Acampei no lugar certo.

 Praça de cidadezinha entre Illave e Puno

  Rodovia entre Illave e Puno

  Construção Inca em cidadezinha entre Illave e Puno

O que restou do granizo 

O que restou do granizo 

          Cheguei em Puno e fui seguindo pela estrada que margeia o Lago Titicaca até acabar ela e não achei nada informando sobre como ir até as ilhas. No final da estrada tem tipo um pier no lago e vi uma família atravessando a rua com remos nas mãos, resolvi perguntar como faria para chegar as ilhas, então a mulher, que estava vestida com roupas típicas, me disse que me cobraria 50 soles, que dá quase R$50,00, pensei um pouco e aceitei a proposta, deixei minha moto ali na rua com a bagagem amarrada nela mesma e guardei minha mochila na casa em frente ao pier que era de um irmã da mulher e segui com eles, a remo até as ilhas, cerca de 20 minutos depois estávamos lá. Chegamos a casa deles e a mulher me mostrou como é feita a ilha e qual o papel de cada um na família. Depois o marido dela me explicou a história de como foi o inicio da colonização do Titicaca e como foi o que eles passaram pelo período de colonização dos espanhóis. 
        Duvido que se eu tivesse pego um dos barcos chiques que levam o pessoal para fazer as visitas com guia, eu teria tanta informação quanto com a família que é moradora da ilha.




 Esta é a ilha onde mora a família que me levou para conhecer os Uros

 Esta é a família e eu, o outro filho casal estava tirando a foto.

      Como diz o senhor da foto anterior, esta é a Mercedes dele  e o Fusca é o barco a remo que a gente veio até a ilha.

O Fusquinha...

       Depois de me contar toda a história ele me disse que teria um restaurante nas ilhas que servia Truta frita, para sentir melhor o estilo de vida dos moradores e fui lá provar, mesmo que meio caro, R$15,00 o prato.


 O Fuscquinha, na ilha que tem o restaurante

 A truta frita com arroz e batata por R$15,00

 A ilha que tem vários tipos de comércio

Voltando pra terra, agora com motor de popa 

Chegada no pier 

 Escorregador de maluco no centro de Puno, uns 10 metros de altura e sem proteção nas laterais. Coisas do Peru.

Transito de Juliaca 

 Linda ponte pencil entre Puno e Cusco
Igreja em alguma cidadezinha entre Puno e Cusco

Uma das festinhas que tinham as margens da rodovia

Entre Puno e Cusco tem uma subida bem interessante e uma descida ainda mais, Puno esta a 3800 metros de altitude e Cusco a 3400 metros. 

Passagem mais alta entre as duas cidades 

Construções antigas perto de Cusco 

Templo de Wiracocha em San Pedro

 Templo de Wiracocha em San Pedro


Templo de Wiracocha em San Pedro 

Igreja de San Pedro

          Este dia terminou 40km antes de Cusco, este dia esqueci de tirar fotos do acampamento, eram 18:20 quando parei para acampar.
Neste dia roei 253km.