quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

14º e 15º dias

14º dia


Depois de uma noite bem dormida e tranquila, acordei ansioso para voltar uns kilometros e subir a serra que tinha descido no fim da tarde do dia anterior, desmontei a barraca e depois de tudo arrumado na moto peguei a estrada morros acima, a serra tem uma paisagem de perder o folego, são curvas que não acabam mais, depois de  quase 20km de subida cheguei ao ponto mais alto da serra e voltei a desce-la, mas desta vez sem neblina e com o sol batendo em um dos lados do vale. Pra ter uma ideia, quem já conhece a serra do Rio do rasto, é como se juntasse umas 3 ou 4 uma atráz da outra, tantas são as curvas e o tamanho da descida, deve descer uns 1500 metros de altitude em menos de 10km. 










Depois de muitas fotos continuei descendo ate chegar a Purmamarca, uma cidade bem rustica e muito turística pelo que pude observar, dei uma volta nas ruas da cidade, apreciei um pouco da beleza das montanhas coloridas a sua volta, o motivo pelo qual tanta gente visita a cidade e segui viagem com vontade de voltar um dia pra poder conhecer melhor as belezas naturais da cidade. 








Depois de Purmamarca ainda em um certo trecho pode-se ver as formações rochosas coloridas, mas depois que elas terminam a paisagem por certo tempo parece o Brasil, muito verde, um rio a beira da rodovia, construções ate que de bom padrão, fazendas de pequenos agricultores, ate chegar a rodovia 16 que cruza o chaco, com a paisagem monótona, grandes fazendas e poucas cidade, em parte da estrada as condicies da pista não são das melhores, justamente nesta parte da estrada eu estava quando já era fim de tarde e começou a se aproximar nuvens de chuva que vinham atráz de mim já a tarde toda, pensei em tocar ate a próxima cidade e procurar um hotel, pois o vento era muito forte e já estava escurecendo, como não sabia a distancia ate a próxima cidade e não sabia se haveria hotel, fui andando, mas de olhos no acostamento procurando algum lugar que eu achasse seguro acampar, pois não queria ficar a noite em uma estrada esburacada e na chuva com vento.




Quando já era quase escuro vi um local que eu poderia acampar, parei analisei o local e montei a barraca debaixo de uma arvore baixa para me proteger do vento, foi difícil de montar com vento, varias vezes ela saiu rolando, ate que consegui monta-la e passar a lona por sobre a biz e a barraca, Achei que teria problemas na chuva, mas como Deus é grande e não tinha me faltado até ali, ele desviou  a chuva e pude dormir bem, apenas um pouco de vento incomodou durante  a noite. 
Neste dia foram 550km.

15º Dia

Desmontei a barraca já com pensamento fixo de dormir no Brasil neste dia, peguei a estrada por volta das 8:30 e acelerando tudo a uns 110km/h, já que era só reta, cruzei o chaco  e passei por Corrientes e Resistencia, cidades que eu estava com medo de passar e ser mordido pela policia, mas passei sem ser incomodado, felizmente percebi onde eu tinha que passar pela rua lateral para não ser multado na rodovia, já era perto de meio dia, então fui procurando um lugar pra comer uma parrilla, achei um bar à beira da rodovia que servia a parrilla e foi la mesmo que parei, um estabelecimento bem modesto, mas com uma excelente carne, o cara ia assando e servindo nas mesas, comi bem, custou 15 reais o mesmo que se paga nas churrascarias de beira de estrada no Brasil. Depois de conhecer a Parrilla segui viajem pensando em entrar no Brasil por Foz do Iguaçu, foi chegando o fim da tarde e vi que teria que pilotar a noite pra chegar lá e não chegaria muito cedo, então lembrei que poderia ir por São Borja e pegar a mesma estrada que eu já havia passado na ida, pensei um pouco e decidi ir por São Borja mesmo, afinal de contas eu já conhecia a estrada de Foz do Iguaçu ate minha casa também. Cheguei em um posto para meu ultimo abastecimento na Argentina em Gobernador Ing Valentin Virasoro, abasteci e já estava se pondo o sol, cheguei na aduana já noite, pois ficava a uns 70km do posto. Quando fui pegar os documentos para dar saída da Argentina, abro minha carteira e os documentos não estavam lá, tinha perdido identidade, carteira de motorista e CRLV da moto. Pra minha sorte eu tinha uma cópia de tudo e consegui sair da Argentina, não compensava voltar ao posto pra ver se achava, dificilmente estaria la, e eu já estava puto da cara, era noite, então fui a São Borja achar um hotel, perguntei a um taxista que me indicou o Hotel Pampa, custou R$30,00 a noite, mas era um hotel limpo com banheiro no quarto e ar-condicionado e tinha até toalha, já que a minha tinha ficado na Argentina.  Neste dia foram apenas 3 fotos, de tao chato que é o chaco e esta região da Argentina, não mereceu fotos, só o por do sol que estava muito lindo, mais lindo que as fotos podem expressar.